No livro “Conjecturas e Refutações”, publicado pela editora da Universidade de Brasília, 1ª ed, dentre os vários artigos de Karl Popper, ali compilados, há um que me chamou a atenção nos estudos desta manhã, intitulado “A linguagem e o problema das relações entre corpo e mente”.

O autor parte de uma discordância vital com os filósofos da linguagem, qual seja, de que se tudo no mundo é expresso por meio da linguagem, sua má utilização é a fonte das dificuldades filosóficas. Objeta-se essa conclusão já de saída.

Também traz uma concepção das funções da linguagem que afastam a natureza quase legitimadora da função de argumentar na inteligência artificial (seja descrevendo, sinalizando, etc não importando o que ela possa fazer), que hoje querem dar os mais apressados na avaliação deste fenômeno moderno.

Em seguida, quando analisa o agir humano e sua relação entre corpo e mente, está mais próximo de Welzel, considerando que este trabalha com as categorias lógico-reais ou lógico-objetivas, do que com os funcionalistas e dos entusiastas da filosofia da linguagem.

Isso tem impacto direto na concepção de dolo para o direito penal.

Vale à pena a leitura.

Por: Jimmy Deyglisson